quinta-feira, 16 de abril de 2009

Pressa, pra quê?


E mais um dia acabou. Mais uma semana se finda. Dentro de poucos dias vai-se mais um mês. Mais um ano, e outro e outro...

Assim vamos nós. A cada dia mais velozes. E o que se há de fazer? Já que o cotidiano, os compromissos, os afazeres e tantas outras coisas exigem-nos isso.

E quando me vi assim: vivendo tanta agilidade, resolvi da minha forma desacelerar. Pisei no freio! Desci disso que me levava a 200 quilômetros por hora à um destino desconhecido. Raciocinei. Onde quero chegar com tanta pressa?

Percebi que com tanta rapidez deixava de viver. Renunciava a possibilidade de deliciarme com cada momento, não saboreava mais as poucas coisas boas que ainda me restam. Quando descobri que com tanto atropelo, que é fruto da tal pressa, me lancei longe desse desespero contínuo e atormentador.

A partir de então decidi como quero e como posso ser. Quero mais é viver! Viver sem claustrofobias que não levam a nada, sem pressões inúteis. Agora levo-me devagar, e pra onde eu achar mais interessante. Assim, as coisas que mais dou valor não me faltam, e perduram.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Momento Feliz


Experimente ficar parado algum tempo em frente a uma rede de fast food, observando as pessoas. É, pessoas, que entram e saem de um restaurante desses, de praça de alimentação de shopping - que, aliás, só aumentam a cada dia. Você verá que a diversidade dos que freqüentam e devoram satisfeitos aqueles sanduíches é imensa.

O que se come é rigorosamente igual. E tudo que há nesses lugares é muito parecido. A forma de atendimento, as opções do cardápio - que volta e meia recebem um "lançamento" super divulgado, mas que na verdade nada mais são do que o mesmo pão com um molho que talvez tenha menos sal ou um toque a mais de pimenta. A clientela é o que confere um tom diferente ao local, pois é multifacetada e totalmente eclética, sem qualquer tipo de discriminação, até os vegetarianos aderiram, agora eles são reconhecidos e tidos como público que deve ser atendido. Os preços são iguais para quaquer um. Qualquer um mesmo. E isso já é mais do que suficiente para receber público bem diversificado.

Nesse ponto percebe-se que durante os 15 ou 20 minutos em que o alimento é consumido, um clima de comunhão total entre os freqüentadores do point se estabelece. Num passe de mágica, os portadores de bandeijinhas coloridas, que se fascinam com cada novidade vista em um "jornalzinho" de curiosidades que fica sob o alimento, e que se assentam em cedeirinhas acolchoadas, ficam subitamente calmos. Não se vê nenhuma disputa ou coisa parecida. A pressa ainda se vê afinal, isso já seria exigir muito de um pão com gergilim.

Uma expressão alegre aparece na feição daqueles que comem sozinhhos. Os acompanhados, que na maioria das vezes encaram a refeição (que se torna um evento) como programa e dos mais aguardados, se desmancham em diferentes sorrisos entre uma batata frita e outra. As criançase seus famosos brindes que a rede oferece se tornam público sempre garantido, sendo as grandes responsáveis pela transformação do ambiente em uma espécie de "sala de jantar", onde a família retoma os costumes de um passado não tão distante e faz a refeição unida. Quem trabalha no local, mesmo submetido a carga horária absurdamente carregada e sacrificante, é só alegira. Brincadeiras e bom-humor tomam o ambiente.

Acabaram-se as 'fritas', o copo de refrigerante secou e o sanduíche já foi devorado. Antes de sair, o sorvete é o último passo do ritual que se encerra, e, assim, a rara descontração de uma fast life termina.

terça-feira, 7 de abril de 2009

Tenho que ser feliz?


A felicidade é real quando não há preocupação nenhuma em obtê-la. Ou seja, temos verdadeira felicidade quando abrimos mão dessa busca utópica e sem direção. Aceitando que podemos viver perfeitamente sem ser feliz e não há nada de errado nisso.

A sensação de viver, viver mesmo, tem que ser usufruída ao máximo e de acordo com nossas vontades e desejos naturais. E, talvez, isso fosse motivo suficiente para possuir uma felicidade constante e verdadeira.

Rejeitar essa idéia de felicidade que já se tornou platônica e torna-la real, quem sabe constante. Esse é o inicio para desconstruirmos essa fantasia equivocada de felicidade. E alcançarmos felicidade real. Quebrar conceitos impostos, pensar novo, agir simples; não tenho pretenção em ser conselheiro ou dar dicas para a vida alheia, só penso às vezes.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

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Lembraças.
Recordações são tão sabrorosas. E não importa o momento, me fazem tanto bem.