terça-feira, 13 de abril de 2010

Pior para alguns

A cidade que será sede dos jogos Olímpicos no Brasil vive dias de confusão generalizada e caos. As fortes chuvas que atingiram o Rio de Janeiro na ultima semana trouxeram a tona problemas que não limitam-se apenas ao território carioca. Prova disso foram os fatos parecidos que o estado de Santa Catarina e a cidade de São Paulo enfrentaram recentemente.


Esse tipo de problema, embora inesperado, não é novo por aqui. E por incrível que pareça atinge sempre uma só classe social.


Os noticiários e coberturas da imprensa, no último caso, o Rio, parecem bastante com os já transmitidos antes. Em todos os casos citados aqui as contabilizações de vítimas fatais nos temporais davão-se nas extremidades, periferias das cidades atingidas. Sempre nos lugares onde as casas são menos sofisticadas. Coincidência sugestiva, que pode ser apontada como causa da falta de providencias para solucionar mazelas como essas.


Todos os passos dados em ocasiões assim já estão ficando até decoradas pela população. Primeiro espera-se que a fatalidade ocorra, que a chuva ou outros infortunios que surgem da natureza cheguem; lamenta-se o ocorrido, calculam-se as vítimas e prepara-se um discurso que coloca a culpa nas viradas repentinas do tempo ou coisas parecidas; após isso, como em outras tantas vezes, nada é feito.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Poderia ser diferente.

Alguns dias atrás um caso de polícia ganhou páginas de destaque e espaço nos mais variados veículos de comunicação. Glauco, cartunista conhecido por todo o Brasil, e Raoni, seu filho, foram assassinados e dois dias após o acontecido as versões para tudo ainda se cruzavam.


Entre fatos e especulações um jovem de 24 anos foi preso, acusado pelo crime. Cadu, como era conhecido, foi apanhado e logo disse ser ele o autor do delito. Declarações dos próprios familiares davão conta que o acusado pelo homicídio tinha histórico de envolvimento com drogas, e sofria com transtornos mentais. E mesmo com problemas dessa natureza constatados o rapaz era tratado como liberto de todas as situações críticas por ela já vividas.



As soluções eram apenas provisórias para um caso com tantas complicações. E na Céu de Maria, igreja fundada por Glauco, a paz no conturabado mundo de Cadu aparentemente reinava. Pelo que parece havia esperança que o jovem encontrasse naqueles rituais seu escape. Esperanças que foram abaixo com o último incidente.



A recuperação de alguém nas condições que Cadu se encontrava é sim possível e nem ao menos ouso contestar o poder de reabilitação que uma crença pode proporcionar. Alias admiro os trabalhos feitos por entidades religiosas neste sentido. Entretanto, não há como encobertar o ocorrido. Duas pessoas foram mortas, e quase tudo indica que o culpado já não gozava de sua sanidade mental. Resta entender o motivo pelo qual sujeitos como esse, de periculosidade já demostrada, ainda têm espaço e liberdade suficiente para ações como essas.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

E em Barueri...

(Nenhuma vez antes escrevi aqui sobre futebol, apesar de ser um apreciador desse esporte. Esta é a primeira vez então.)

Não é de hoje que a relação entre jogadores e torcida é inconstante. E Ronaldo foi o último exemplo de uma história já vista outras vezes. Ao final de um dos jogos do Corinthians, na Arena Barueri, foi hostilizado por tocedores quando saia do estacionamento e os respondeu na mesma moeda.

No incidente com o camisa 9 corinthiano o atrito não passou de troca de ofensas e gestos. Mas, outros jogadores que também já vestiram branco e preto passaram por situações mais embaraçosas com esa mesma torcida, chamada de "Fiel".

Esse tipo de acontecimento não é exclusividade do Parque São Jorge e nem do Brasil, ao contrário, é fato corriqueiro, e em muitos clubes europeus inclusive. Dá para perceber que tanto aqui como lá o desequilíbrio e a paixão de torcedores extrapola o campo de jogo, e oferece risco a quem tem a bola como instrumento de trabalho.

Portanto, a Ronaldo: que faça o que sabe, e mais uma vez só seja alvo de aplausos. Aos torcedores: mais ponderação e bom senso.