sexta-feira, 2 de novembro de 2012

N

Algumas vezes, antes de adormecer - quando consigo -, travo uma pequena batalha com meus desejos, com minha condição de não ser crível aos olhos e impressões de quem mais importa. Tentando encontrar conforto, alento, em tudo que posso, me agarro a uma mão imaginaria, que na minha projeção, é a sua. Tem seus dedos longos e magros, seu cheiro, seus anéis, suas unhas afiadas. Iludido, posso descansar agora.

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