domingo, 28 de dezembro de 2008

Fim de ano

Mais um fim de ano se aproxima e, assim como em tantos outros, as famosas confraternizações tomam espaço em meio aos festejos caracteristicos dessa época.
O popular amigo secreto ou amigo oculto é cada vez maiz freqüente em diversos ambientes, e tem adesão dos mais variados tipos de pessoa. Modalidades para a brincadeira surgiram com o passar do tempo - o 'amigo chocolate', que se tornou corriqueiro na Páscoa, e o 'amigo da onça', para os mais engraçadinhos, são apenas alguns dos muitos exemplos.
A idéia surge assim, de repente - como uma daquelas chuvas que caem subitamente e nos pega de surpresa na volta para casa -, e rapidamente a lista com os nomes para a famigerada entrega de presentes está repleta. Os convites são feitos e só brinca quem quer (claro que quem faz parte da minha turma não pode ficar fora). Lista feita, o passo seguinte é a correspondência entre os participantes que, segundo todos os organizadores, "visa facilitar a comunicação". Logo após, estipula-se o valor mínimo do presente, e esse é o momento em que a discórdia começa. No final, a maioria acaba comprando o que quer e poucos se importam com o valor combinado.
Os nomes de todos os participantes estão devidamente perfilados e agora serão sorteados. Raramente existe satisfação em saber quem será o seu presenteado. O mais comum é observar a feição de surpresa, contestação eaté desânimo com o tal 'amigo'. Em decorrência com o descontentamento com o sorteado, algumas alternativas 'ilícitas' tornam-se solução quando não se quer presentear aquele ou aquela - afinal, como posso presentear aquele cidadão se nem ao menos gosto dele? Trocar o nome que acaba de ser tirado vira a medida exata para que essa terrível tarefa não precise ser realizada.
Tudo acontece como o previsto. Cada um tem seu par para presentear, as corrêspondecias são trocadas, e todos já sabem exatamente o que seu 'amigo' quer de presente de fim de ano. A seu modo, cada um fez as compras. Alguns com absurda antecedência, outros simplesmente dentro do prazo, mas sempre há quem deixe para o ultímo momento e até se atrase para a festinha de confraternização.
A entrega dos presentes tem início. Os discursos são tão sinceros que o momento se torna constrangedor. Elogios sobre o companheirismo, a inteligência, a elelegância, a simpatia entre outras qualidades, são proferidos aos 'amigos'. Abraços e beijos são trocados e demosntrações que normalmente não são vistas no dia-a-dia saltam aos olhos de todos. Os mais bem sicedidos ganham o que queriam, outros não recebem exatamente o que era desejado. Porém, de forma alguma perde-se o brilho de dividir aquele momento com pessoas 'tão queridas'.
Entre bebidas e petiscos, mais uma festa de fim de ano termina. E todos que se confraternizaram, trocaram presentes e elogios voltam a sua rotina normal. Não gostando das mesmas pessoas que não gostavam, fazendo os mesmos pré-julgamentos que sempre fizeram a respeito de um e de outro, entretanto, com um presente novo. Recebido em uma dessas agradáveis festas de 'amigo secreto' que, certamente, será revivida no próximo fim de ano.

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