Oferecer ensino a preços razoáveis, democratizar o conhecimento, qualificar o cidadão, formar profissionais de alto padrão... são as razões preferidas, entre outras tantas, para a edificação de novos espaços, que em seu interior comportam cadeiras e lousas, e em sua placa de identificação o título de “Universidade”. Instituições surgem da noite para o dia, slogans geniais criados em poucas horas. Assim o lugar fica mais atrativo.
Nesses novos espaços de ensino os benefícios são infindáveis. As mensalidades podem ser divididas em carnês, os alunos são formosos, os professores extremamente competentes e amigos, os funcionários carregam consigo um largo sorriso. Ambiente perfeito para formar uma “Geração de Valor”. Pelo menos na propaganda é essa a realidade exibida.
Tantas facilidades e enfeites compõe a beleza da alegoria da educação.
A excessiva preocupação com a estética e com o recrutamento maciço de alunos pode deixar o conteúdo em segundo plano, com bônus que se tem ao freqüentar um point bem movimentado.
E aí o dilema se instaura. Afinal, o que a universidade deve oferecer ao seu aluno? Subsídios para gerar conhecimento e habilitá-lo para a profissão por ele escolhida; ou facilidade para a aprovação nas etapas estudantis, além de uma carteirinha que permite aos portadores o pagamento de meia entrada em eventos culturais.
Enquanto em cada esquina abre-se uma nova porta de “ensino superior” a discussão persiste.
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